quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Portugal ficou em 42º lugar com sete medalhas

Balanço dos Paralímpicos

Portugal despediu-se hoje dos Jogos Paralímpicos Pequim2008, a edição mais competitiva de sempre, com sete medalhas, menos cinco que em Atenas2004, e com a certeza de que o ciclo Londres2012 será já preparado sob a égide do Comité Paralímpico nacional.

Portugal ficou em 42º lugar em Pequim, com um total de sete medalhas: uma de ouro, quatro de prata e duas de bronze.Além das medalhas, para as quais o boccia contribuiu com cinco (uma de ouro, três de prata e uma de bronze), a natação com uma (bronze) e o atletismo com outra (prata), muitos atletas lusos deixam Pequim com novos recordes pessoais e nacionais.

As cinco subidas dos atletas de boccia ao pódio, menos uma que em Atenas, são consideradas pelos responsáveis da modalidade um resultado bastante positivo devido ao elevado nível da competição, e fazem de Portugal o país mais medalhado na modalidade em Pequim. Na prova individual BC1, João Paulo Fernandes renovou o título de campeão paralímpico, numa final portuguesa, em que venceu António Marques. Portugal voltou a chegar às medalhas nas provas de pares BC4 e BC3 e em equipas BC1/BC2.

O boccia é uma modalidade criada especialmente para atletas com paralisia cerebral. Esta pode ser disputada individualmente, em pares ou por equipas de três elementos, sem divisão por sexos, num pavilhão com marcações próprias e envolve 13 bolas: seis de cor azul, seis de cor vermelha e uma bola branca, o alvo (também denominada como "jack"). O objectivo consiste em colocar o maior número de bolas de cor próximo da bola alvo. A maior desilusão portuguesa em Pequim deu-se com o atletismo, com apenas um atleta a subir ao pódio.

Luís Gonçalves alcançou a prata na prova dos 200 metros T12 (cegos e amblíopes). Entre as várias desilusões, realce para a estafeta 4x100 lusa, que partiu para a prova na qualidade de recordista e campeã da Europa, mas um problema na transmissão do testemunho acabou por ditar a desqualificação de Carlos Lopes, Luís Gonçalves, Gabriel Potra e Firmino Baptista.

Pouco depois, Portugal despediu-se de um dos seus grandes campeões. Carlos Lopes, vencedor de quatro medalhas paralímpicas de ouro, disse adeus à competição. Ao longo dos Jogos, alguns atletas questionaram as condições de preparação da selecção de atletismo, mas o presidente da Federação de Desporto para Deficientes garantiu que o plano de preparação para Pequim foi feito em conjunto por atletas e técnicos.

Na natação, João Martins renovou o bronze de Atenas na prova dos 50 metros costas S1 (deficiência físicomotora), enquanto David Grachat e Joana Calado conseguiram presença em várias finais e novos recordes nacionais. Leila Marques e Nelson Lopes também marcaram presença em finais, enquanto Perpétua Vaza, Simone Fragoso e Diana Guimarães se ficaram pelas eliminatórias.

Em Hong Kong, a cavaleira Sara Duarte surpreendeu com um quinto lugar no concurso individual grau II e deixou boas indicações para Londres2012. Em Qingdao, onde decorreram as competições de vela, a dupla Bento Amaral/Luísa Silvano terminou na nona posição o torneio de skud-18, marcado pelo adiamento de várias regatas devido às condições climatéricas.

No ciclismo, Augusto Pereira participou nas provas de estrada e contra-relógio CP3, terminando a primeira na sétima posição e a segunda no 22 lugar.

Nos Jogos que marcaram a estreia do remo no programa paralímpico, Filomena Franco, a porta-estandarte portuguesa na cerimónia de abertura, foi quinta na final B de Skiff 1.000 metros. Portugal, que esteve representado por 35 atletas em sete modalidades, sai de Pequim no 42º lugar (com as sete medalhas). O ranking é liderado pela China, com um total de 208 medalhas, seguida pela Grã-Bretanha (102) e pelos Estados Unidos (99).

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