segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Atletas Paralímpicos criticam preparação da missão

Atletas criticam preparação da missão
Nuno Alves, que participou nas provas de 1500 e 5000 metros T11 dos Jogos Paralímpicos Pequim 08, lançou hoje duras críticas à forma como foi preparada a missão portuguesa, queixando-se de falta de apoios aos atletas."Em Portugal ainda somos um pouco amadores e isso acentua diferenças em grandes competições", afirmou, considerando que em Pequim os atletas portugueses estão a competir com profissionais.Nuno Alves entende que em Portugal o caminho rumo ao profissionalismo "está a ser percorrido muito devagar", mas garante que "as autoridades estão mais que alertadas para o problema"."Está na hora de mudar. Ou se caminha para trabalhar profissionalmente, ou cada vez o fosso é maior. Assim, ficaremos cada vez mais longe das finais", afirmou.Nuno Alves, que também é presidente da Associação de Atletas Portadores de Deficiência, considera que o essencial é "fazer ver aos dirigentes que é preciso trabalhar diferente e melhor", a vários níveis."Praticamente só temos apoio quando somos convocados para a selecção, no resto do ano estamos ao claramente ao abandono", afirma, acrescentando que no ciclo paralímpico que agora termina, os atletas começaram a ter apoio "no final de 2006, com retroactivos".Segundo Nuno Alves, "muitas vezes a preparação é feita à custa dos atletas, das famílias, dos treinadores e dos guias".A nível pessoal, Nuno Alves, que desistiu na prova dos 5000 metros e falhou a qualificação para a meia-final dos 1500 metros, considera que a sua participação "ficou aquém dos objectivos".O atleta afirmou, no entanto, que os resultados de Pequim2008, inferiores aos alcançados em Atenas 04, se devem sobretudo ao mérito dos adversários, que trabalham como profissionais.Gabriel Potra, afastado hoje da final dos 200 metros T12, também considera que "a competição tem evoluído muito" e Portugal precisa de "construir estratégias" para continuar ao mais alto nível.Para Gabriel Potra, as estratégias passam, entre outras coisas, por "estágios apropriados em condições boas para os atletas e mais competição ao alto nível".Potra entende que a estratégia deve ser delineada por uma "cadeia que envolva treinadores, técnicos da federação e do Instituto de Desporto de Portugal", porque aos atletas cabe a missão de "treinarem, em condições, dedicarem-se e darem tudo nas provas".

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